sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Trabalho: Inflação


CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ECONOMIA
Ataíde Silva de Souza - 4200061314
Ingrid Mayara de Oliveira - 4200061012
Maria Luciana Silva Souza - 3724683488
Rafael Ticianelli Correia de Lima -3721674407
Sheilla Pereira - 4200061356
Thiago Souza - 4835890096
Vanessa Ramos da Silva – 4200061362
Yago Yamamoto Silva - 4234821861



Inflação
Profº Roberto Bittencourt










Santo André, setembro de 2012.
Inflação
Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos. Porém a inflação não pode ser confundida com altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais por exemplo. Esses aumentos devem também ser generalizados, com todos os bens participando dessa escalada altista.
As fontes de inflação costuma diferir em função das condições de cada país:
a)    Tipo de estrutura de mercado (oligopolista, concorrencial etc.), que condiciona a capacidade dos vários setores de repassar aumentos de custos aos preços dos produtos;
b)    Grau de abertura da economia ao comércio exterior: quanto mais aberta a economia à competição externa, maior a concorrência interna entre fabricantes, e menores os preços dos produtos;
c)    Estrutura das organizações trabalhistas: quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de produtividade, e maior pressão sobre os preços.
O que causa a inflação
São vários os fatores que causam inflação. Um dos mais importantes é a (a) aproximação entre oferta e demanda agregada. Em outras palavras, quando o consumo interno de um país fica muito perto de sua capacidade produtiva, os empresários podem ter incentivo para aumentar os preços.
Outro processo muito comum é o (b) choque de oferta, que se dá quando algum imprevisto causa queda brusca no volume de produção de determinado bem. Trata-se de ocorrência relativamente comum no setor agrícola, pois, não raro, lavouras são afetadas por problemas climáticos. Contudo, tais declínios acentuados de produção tendem a ter efeito limitado sobre os índices gerais de preço, haja vista que o cálculo de sua variação dá-se sobre uma cesta muito grande de produtos.
Há outros fatores, não menos relevantes, que influenciam o comportamento da inflação. Um deles é (c) a variação cambial. Uma eventual elevação súbita da cotação do dólar ante o real, como a que se viu em 1999, tem como efeito automático o encarecimento dos chamados produtos ‘tradables’, isto é, aqueles comercializáveis tanto interna quanto externamente. é que esses bens e serviços, justamente por essa característica, são cotados na moeda americana.
Ainda no campo externo, um (d) fenômeno inflacionário que atinja diversos países tende a contaminar os preços domésticos. é o que se viu antes da crise financeira americana de 2008, quando as cotações das commodities agrícolas, minerais e energéticas subiam com vigor na esteira da pujante demanda internacional.
Por fim, (e) a inflação passada também pode alimentar reajustes de preços no presente. Este processo, que atualmente se dá em nível muito menor que o verificado no período de hiperinflação, é chamado de indexação. A boa notícia é que este efeito restringe-se hoje aos chamados preços administrados - aqueles regulados por contratos que determinam a recomposição da inflação passada por meio de um índice de preço. Este é o caso de muitos serviços públicos, cadernetas de poupança e aluguéis.
Para se ter um entendimento melhor sobre a questão inflacionário é importante saber distinguir a inflação provocada pelo excesso de demanda agregada (inflação de demanda) da inflação por elevação de custos (inflação de custos) e da inflação devida aos mecanismos de indexação de preços (inflação inercial).
Inflação de Demanda
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.
Inflação de Custos
É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
Inflação Inercial
A inflação inercial é o processo automático de realimentação de preços, ou seja, a inflação corrente decorrente da inflação passada, perpetuando-se uma inércia ou memória inflacionária. Ela é provocada, fundamentalmente, pelos mecanismos de indexação formal (salários, alugueis, contratos financeiros) e indexação informal (preços em geral e impostos, preços e tarifas publicas).
Ou seja, os aumentos de preços passados são automaticamente repassados para todos os demais preços da economia, por meio dos mecanismos de correção monetária, cambial salarial, gerando um processo auto-realimentador da inflação.
A política econômica brasileira de combate à inflação
A inflação tornou-se crônica na economia brasileira, particularmente a partir dos anos 1950. Ao longo dessa década, o déficit do governo já era, para os economistas, umas das principais causas da inflação. Várias eram as explicações para o surgimento dos déficits governamentais. De um lado, a necessidade de o governo fornecer infra-estrutura, como transportes, energia e saneamento, para que o setor privado pudesse produzir o volume de bens e serviços desejados pela sociedade brasileira. De outro, a baixa produtividade dos serviços do governo e a consequente ineficiência na aplicação de seus recursos, associados à impossibilidade de o governo aumentar a carga tributária (e, portanto, sua receita), dado o baixo nível de renda per capita da população.
Assim, como o governo não podia aumentar os impostos para financiar o desenvolvimento econômico, optou pelas emissões de dinheiro. Com isso gerou-se uma típica inflação de demanda: quanto mais dinheiro circulava, maiores eram as compras, relativamente a uma capacidade produtiva que não tinha condições de crescer no curto prazo.
De 1964 a 1973, a inflação apresentou uma persistente tendência de queda. A política de combate à inflação caracterizou-se em uma primeira fase (1964-1966) por um tratamento de choque: houve uma rígida política monetária, fiscal e salarial que mudou o patamar da inflação de cerca de 100% em 1964, para perto de 30%, em 1967.
O período de 1968 a 1973 foi o do “milagre” econômico, com elevadas taxas de crescimento obtidas na economia brasileira. Com o crescimento da produção, a taxa de inflação passou de 25,4% em 1968, para 15,7% em 1973.
A partir de 1973, a crise internacional do petróleo trouxe repercussões profundas na economia mundial, e, desde essa data, a economia brasileira passou a apresentar taxas de inflação crescentes. Além dos choques do petróleo, outros fatores foram extremamente importantes para explicar a aceleração da taxa de inflação ao longo dos anos 1970 e meados dos anos 1980:
a) os elevados gastos públicos com programas de substituição de importações na área de energia, aço, bens de capital e minerais não ferrosos, ocorridos na gestão Geisel;
b) elevação da divida externa devido ao aumento tanto do principal (anos 1970) como das taxas de juros internacionais (inicio dos anos 1980).
Durante todo o período de 1964-1973, o diagnóstico para as causas da inflação brasileira utilizava a linha de pensamento econômico ortodoxo (hoje chamada de neoliberal), que atribuía ao excesso de demanda, associada ao desequilíbrio das contas publicas, a responsabilidade pelo processo inflacionário. O principal mecanismo de política econômica de combate à inflação para essa corrente estava na redução da demanda agregada, com a redução dos gastos do governo (e a consequente redução do tamanho do Estado), com uma política salarial restritiva e controle da oferta monetária.
A partir de março de 1986, com o governo da Nova República, mudou-se o diagnostico sobre a inflação brasileira e, consequentemente, as novas políticas de combate à inflação. Tratava-se então de um quadro de inflação inercial. Os pressupostos teóricos eram os de que a economia brasileira se encontrava altamente indexada, ou seja, todos os negócios, contratos etc. eram firmados com base num índice que procurava garantir a correção monetária dos valores envolvidos. Dessa forma, todos os aumentos de preços eram captados pelo índice e, automaticamente, repassados para todos os demais preções da economia, gerando um processo automático de realimentação da inflação.
Foi a partir desse diagnostico inercialista que o Plano Cruzado procurou romper com esse mecanismo de propagação de inflação, congelando os preços, os salários e o câmbio (a chamada política heterodoxa), numa tentativa de eliminar a “memória” inflacionária.
O Plano Cruzado teve vida efêmera. Muitas foram suas falhas, a começar pela manutenção do congelamento por um período muito longo (nove meses). Quando foi implantado, os preços relativos encontram-se fora do equilíbrio, e muitos preços estavam defasados, o que provocou o aparecimento do ágio e a maquiagem de muitos produtos. Por ocasião do descongelamento, no inicio de 1987, com o chamado Plano Cruzado II, houve nova aceleração inflacionária.
Outros planos, como o Plano Bresser e o Plano Verão, ainda durante o Governo Sarney, e mais tarde o Plano Collor, também utilizaram o congelamento de preços e salários para tentar conter o processo inflacionário.
O Plano Collor, de março de 1990, foi o mais ousado na pratica de inconstitucionalidades, ao promover um bloqueio total dos ativos mantidos pelos agentes econômicos nas instituições financeiras. O plano atacou a questão do déficit e os mecanismos de financiamento do setor publico; contudo, os demais fatores causadores do processo inflacionário – conflito distributivo e mecanismos de indexação – continuam a agir. As taxas de inflação pós-Plano continuaram elevadas e, ao final de 1990, tinha-se uma clara ideia de que o conjunto de medidas adotados havia sido incapaz de promover um efetivo processo de estabilização da economia.
Em 1994, no Governo Itamar Franco, tendo como Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, implementou-se o Plano Real. Esse, por sua vez, representou um avanço em relação aos planos anteriores, reconhecendo que as principais causas da inflação brasileira estavam no desequilíbrio do setor público e nos mecanismos de indexação.
Numa primeira etapa, procurou-se equilibrar o orçamento publico por meio da criação do IPMF (Imposto sobre Movimentação Financeira, posteriormente denominado CPMF – Contribuição sobre Movimentação Financeira), que incide sobre as transações bancarias, e do Fundo Social de Emergência, que desvinculou as receitas federais das  destinações para gastos específicos.
Numa segunda etapa, processou-se, de forma muito bem sucedida, a quase total desindexação da economia com a mudança da moeda: passagem do cruzado real para a URV (unidade Real de Valor) e dessa para a nova unidade monetária o real. A terceira etapa consistiu na consolidação do Plano, utilizando instrumentos econômicos como a âncora cambial e a âncora monetária.
A âncora cambial, consistiu na valorização da moeda nacional, ao lado de um registro de bandas cambiais (câmbio fixo), que procurou baratear o custo dos produtos importados. A âncora monetária baseou-se na elevação da taxa de juros e da taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais, com o objetivo de controlar a demanda agregada, que tinha aumentado substancialmente no período devido à melhoria do poder aquisitivo dos trabalhadores em geral, com a queda da inflação.
Esse modelo permaneceu até janeiro de 1999, quando, em decorrência da redução do fluxo financeiros de capitais para os países emergentes, iniciada com a crise do Sudeste Asiático em 1997 e exacerbada pela moratória da Rússia em 1998, o Brasil foi forçado a recorrer ao FMI e abandonar as âncoras anteriores, adotando desde então o câmbio flutuante e o regime de metas inflacionárias.
As metas inflacionárias passaram a ser a nova âncora monetária. As autoridades monetárias se comprometem a cumprir metas de inflação estabelecidas para o ano corrente e próximo, com Tolerância de um desvio de 2% para cima ou para baixo.
Para o cumprimento dessas metas, foi criado, em junho de 1999, o Comitê de Política Monetária (Copom), composto pelo presidente, diretores e chefes de departamento do Banco Central, que se reúne e fixa mensalmente a taxa de juros de compra e venda de títulos públicos (taxa Selic); uma taxa consistente com a meta fixada para o FMI.
O Copom também anuncia, nessas reuniões, um viés, ou seja, a tendência de inflação até a próxima reunião. Pode ser anunciado um viés de alta ou viés de baixa ou viés neutro (sem viés). Por exemplo se o Copom estabelecer um viés de baixa, isso significa que o presidente do Banco Central poderá reduzir a taxa Selic antes mesmo da próxima reunião do Comitê.

A corrente estruturalista
Nos anos de 1950 e 1960, embora a política adotada pelo governo utilizasse um diagnóstico monetarista da inflação de demanda, havia também a chamada corrente estruturalista ou cepalina, que suponha que a inflação em países em via de desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos. Essas pressões de custos seriam derivadas de questões estruturais, tais como:
a)    estrutura agrícola, pela qual a oferta de alimentos não responde rapidamente aos estímulos de demanda e provoca elevações de preços;
b)    estrutura do comercio internacional, que eleva o déficit crônico no balanço de pagamentos dos países subdesenvolvidos e os obriga a políticas de desvalorização cambial, que provocam aumentos nos custos de produção;
c)    estrutura oligopólica dos mercados, que faz com que as empresas repassem todos os aumentos de custos aos preços dos produtos finais.
Assim, diferentemente dos monetaristas e neoliberais, os estruturalistas supõem que as causas da inflação se localizam no comportamento do setor privado (oligopólios, latifúndios) e não do setor publico. A formação ideológica desses economistas, com grande influencia socialista e marxista, tornou-os ferrenhos defensores de uma economia mais centralizada, baseada em planejamento e grande participação do Estado.
De forma mais genérica, os estruturalistas consideram que as causas da inflação devem-se aos conflitos distributivos, que se estabelecem na tentativa de os vários setores da sociedade buscarem manter ou elevar sua parcela na renda nacional: os empresários, por meio de preços que preservem suas margens de lucros; o governo, com impostos, preços e tarifas públicas; e os trabalhadores, com seus salários. Nessa disputa, os principais beneficiários são os grandes oligopólios e os maiores perdedores são os trabalhadores.
Como se percebe, o governo é normalmente preservado no diagnóstico estruturalista: os desequilíbrios do setor público seriam provocados pelos interesses dos grandes grupos econômicos (setor financeiro, latifundiário, oligopólios, capital estrangeiro).
Segundo essa corrente, o combate à inflação deve ser feito principalmente por meio de reformas estruturais (por exemplo, a reforma agrária) e pelo controle de preços dos setores oligopolizados.
Na realidade, o debate entre várias concorrentes de economistas em relação à inflação foi mais intenso antes do Plano Real, quando as taxas inflacionárias ainda eram elevadas. Com o sucesso da política antiinflacionária implantada por esse plano, que utilizou instrumentos tanto heterodoxos (reforma monetária) como tipicamente monetaristas (equilíbrio orçamentário, âncoras cambial e monetária, metas inflacionárias), a controvérsia sobre as causas da inflação praticamente cessou, e o foco atualmente tem se concentrado em outras questões, como crescimento econômico, emprego, distribuição de renda e vulnerabilidade externa.

Referências Bibliográficas
VASCONCELOS, Marco Antonio S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Economia: Inflação. 2ª Edição. São Paulo-SP: Saraiva, 2009

O que é Inflação? – Disponível em:
http://www.brasilescola.com/economia/inflacao.htm. Acessado em 13 de setembro de 2012.

Inflação, Perguntas e Respostas – Disponível em: http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/inflacao.shtml. Acessado em 13 de setembro de 2012.

Conceitos sobre Inflação – Disponível em: http://www.gazetadeitauna.com.br/conceito_inflacao.htm. Acessado em 14 de setembro de 2012.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Trabalho: Introdução á Macro Economia


ANHANGUERA EDUCACIONAL



ADMINISTRAÇÃO –  ECONOMIA 


PROFESSOR: ROBERTO BITTENCOURT


ALEXIA TAVARES                4240657439
DANDHARA SANTOS           4211812961

LAIS MARCONDES                4211813731

PÂMELA CHEER DUARTE   4211809929

STEFANIE TIEPPO                 3718653630
















SANTO ANDRÉ
2012 




SUMARIO
Introdução______________________________________________________2
Objetivos de política macroeconômica________________________________3
Instrumentos de política macroeconômica_____________________________5
Estrutura de Análise Macroeconômica________________________________6
Referencias_____________________________________________________9


















Introdução.
A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: Renda e produtos nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de cambio.
A abordagem global tem a vantagem de estabelecer relações entre grandes agregados e permitir uma compreensão maior de algumas das interações mais relevantes da economia, entre os mercados de bens e serviços, representando assim instrumento para política e programação econômica.
A teoria macroeconômica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos em curto prazo. Em resumo, a teoria macroeconômica trata fundamentalmente da questão de desemprego e inflação que são considerados problemas de curto prazo.













Objetivos de política macroeconômica.

São os seguintes os objetivos de política macroeconômica:
*      Alto Nível de emprego;
*      Estabilidade de preços;
*      Distribuição de renda socialmente justa;
*      Crescimento Econômico.

As questões relativas ao emprego e á inflação são consideradas conjunturais, de curto prazo. É a preocupação central das chamadas Políticas de estabilização. As questões relativas ao crescimento econômico e á distribuição de renda envolvem aspectos também estruturais, que são predominantemente de longo prazo.

Alto nível de emprego.
Pode-se dizer que as discussões sobre desemprego, a partir dos anos 1930, permitiram um aprofundamento da analise macroeconômica. E o livro de John Maynard Keynes, Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de 1936, forneceu aos governantes os instrumentos necessários para que a economia recuperasse seu nível de emprego potencial ao longo do tempo.
Desde revolução Industrial, o mundo econômico parece ter funcionado mais ou menos assim. A não interferência do governo levou á queda da bolsa de Nova York em 1929 e uma crise de desemprego atingiu todos os países do mundo nos anos seguintes.
Com a contribuição de Keynes, contudo, fincaram-se as bases da moderna teoria macroeconômica, e da intervenção do Estado na economia de mercado, Keynes praticamente inaugurou, dentro do capitalismo, a seguinte discussão, que perdura até hoje: qual deve ser o grau de intervenção do Estado na economia e em que medida ela deve ser produtor de bens e serviços. A corrente dos economistas liberais, hoje neoliberais, prega que, na economia, o governo deve cuidar basicamente da política monetária e deixar a produção de bens e serviços para o setor privado, enquanto outras correntes apregoam maior grau de atuação do Estado na atividade econômica.
Distribuição equitativa de renda.
A economia brasileira foi a que mais cresceu no mundo desde os anos 30 até pelo menos a década de oitenta do século passado.
O debate acerca da distribuição de renda no Brasil sempre esteve e está presente, mas foi particularmente intenso durante o chamado “milagre econômico” ocorrido entre 1967 e 1973. Os critérios argumentam que a concentração de renda no país piorou nesse período, devida a uma política deliberada do governo de primeiro crescer para depois distribuir.
Em países que tiveram um crescimento bastante rápido, principalmente após a 2º guerra mundial, como Brasil, Chile, México, Coreia do sul, gerou-se um aumento abrupto da demanda por mão de obra qualificada, que, por ser escassa, obtém ganhos extras relativamente ais trabalhadores menos qualificados, assim a falta de qualificação teria sido o principal determinante da piora destrutiva nesses países.

Estabilidade de preços.
Define-se inflação como o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Por que inflação é um problema? A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição de renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos, sobre o mercado de capitais, sobre o balanço de pagamentos, e acaba afetando o crescimento econômico do país.

Crescimento Econômico.
Quando se fala em crescimento econômico estamos nos referindo ao crescimento da renda nacional per capita, ou seja, em colocar a disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.




Instrumentos de Política Macroeconômica.

A política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva e as despesas planejadas, com o objetivo de permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação, com distribuição de renda justa e cresça de forma continua.

Política Fiscal.
Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar tributos e controlar as despesas, a política tributária, alem de influir sobre o nível de tributação, é utilizada, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, para estimular os gastos de consumo no setor privado.

Política Monetária.
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos existentes na economia, os instrumentos disponíveis para tal são :
*      Emissões
*      Reservas compulsórias
*      Open market
*      Descontos
*      Regulamentação sobre credito e taca de juros.

Políticas Cambial e Comercial
Política cambial refere-se á atuação do governo sobre taxa de cambio. As autoridades monetárias podem ficar a taxa de cambio ou permitir que ela seja flexível e determinada pelo mercado de divisas.
A Política Comercial diz respeito aos instrumentos de incentivo ás exportações e/ou ao estimulo e desestimulo as importações, ou seja, refere-se a estímulos fiscais e creditícios ás exportações e ao controle de importações.
Política de Rendas.
A política de rendas refere-se a intervenção direta do governo na formação de renda, com o controle e congelamento de preços.

Estrutura de Análise Macroeconômica.

Tradicionalmente, a estrutura básica do modelo macroeconômico compõe-se em cinco mercados:
*      Caixa de texto: Parte “real” da economiaMercado de bens e serviços
*      Mercado de trabalho
*      Mercado monetário
*      Caixa de texto: Parte “monetária” da economiaMercado de títulos
*      Mercado de divisas.
As variáveis ou agregados macroeconômicos são determinados pelo encontro da oferta e da demanda de cada um desses mercados.

Mercado de bens e serviços.
A ideia básica seria a de idealizarmos a economia como se ela teoricamente produzisse apenas um único bem, que será obtido pela agregação dos diversos bens produzidos. Esse mercado determina o nível de produção agregada, bem como nível geral de preços.
A Oferta Agregada é medida peça soma do valor da produção de bens e serviços finais da economia, num determinado período de tempo. É o próprios protudo interno PIB



A Demanda Agregada é composta pela demanda do quatros grandes setores ou agentes macroeconômicos.

*      Consumidores
*      Empresas
*      Governo
*      Setor externo

É conhecida como a expressão a seguir:

DA= C + I + G + EL
Onde C são os gastos das famílias com bens e consumo, I são as despesas de investimentos das empresas com a compra de bens de capital, G são os gastos do setor publico na compra de bens e serviços, e EL as exportações líquidas.

Mercado de trabalho
Assim como no mercado de bens e serviços não levam em conta os diferentes tipos de bens produzidos pela economia, nesse mercado não se distinguem os diferentes tipos de trabalho.
As variáveis são:
*      Nível de Emprego
*      Taxa de salários monetários.
Em conjunto com o mercado de bens e serviços, que determina a taxa de inflação, o mercado de trabalho determina também o salário real, isto é, o salário monetário, descontada a inflação.


Mercado Monetário.
Dados que todas as transações da economia são efetuadas com a utilização da moeda, admite-se também a existência de um mercado monetário. Nesse mercado, supõe-se a existência de uma demanda de moeda e de uma oferta de moeda, determinada pelas autoridades monetárias e pela atuação dos bancos comerciais. A demanda e a oferta de moeda determinam a taxa de juros e o estoque de moeda.
As variáveis determinadas desse mercado são:
*      Taxa de juros
*      Estoque de moeda

Mercado de Títulos
O mercado de títulos incluído no modelo macroeconômico básico para que seja analisado o papel de agentes econômicos e superavitários e deficitários, e com interagem.
De maneira semelhante aos mercados de bens e serviços e mercado de trabalho, não se considera a existência de diferentes tipos de títulos; ao contrario, supõe-se que exista um titulo-padrão.Normalmente utiliza-se o titulo federal como exemplo.
Normalmente os mercados monetários e de títulos são analisados conjuntamente que podem genericamente ser chamados de mercado financeiro, cada sua grande interdependência. Na verdade, a taxa de juros é determinada por esses mercados.

Mercado de Divisas
Como a economia mantém transações com o resto do mundo, existem mercados de divisas ou de moedas estrangeira. A oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saída do capital financeiro.
O Banco Central pode interferir no mercado de divisas ficando antecipadamente a taxa de cambio, ou deixando a taxa flutuar, mais praticamente determinando a taca de equilíbrio, pois ele atua tanto na compra como na venda de divisas.

Referencias

Capitulo 6, livro texto PLT Economia.




segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Trabalho: História da Laranja no Brasil


Centro Universitário Anhanguera de Santo André




Lívia da Silva                          RA: 3730706513
Renata Mariano                      RA: 3772749803
Stefanie Xavier Moreira         RA: 4210793884
Talita Moreira                         RA: 4210781527
Tatiane Thaís Capiller RA: 3748727027






ECONOMIA: História da Laranja









Santo André
2012



História da Laranja no Brasil

De todas as árvores frutíferas, uma das mais cultivadas no mundo é a laranjeira.
Nativa da Ásia, embora com controvérsias quanto ao local de origem, a fruta teria chegado à Europa ainda na Idade Média, sendo saboreada, naquele período, apenas por imperadores, nobres e eclesiásticos. No Brasil foi introduzida pelos portugueses no início do século XVI. A referência mais antiga sobre a laranja no Brasil data de 1540 e aponta a ilha de Cananéia como o berço da citricultura brasileira (“Laranja & Cia” e “A Laranja no Brasil”, Hasse, SP, 1987).
Vários relatos antigos sobre o Brasil citam as laranjeiras em seus conteúdos, destacando a qualidade e o sabor de nossos frutos como inigualáveis.
Saltando para o século XX, os anos 30 foram muito importantes para a laranja. A decadência do café abriu espaço para o desenvolvimento da citricultura e nesta década a laranja já figurava como um dos dez produtos mais importantes da exportação. Porém, com o advento da Segunda Guerra Mundial, houve um bloqueio dos mercados importadores e a citricultura sentiu o seu primeiro impacto, que foi superado com o término da guerra e com o retorno das exportações. Desde então, a laranja nunca mais perdeu o seu espaço e a sua vital importância para a economia brasileira, em especial com a instalação das indústrias processadoras de sucos.
País com características climáticas propícias ao desenvolvimento da laranja, o Brasil é hoje o maior produtor e exportador de suco de laranja e de seus subprodutos do mundo. E isso graças a esta fruta que tem tido suas áreas cultivadas cada vez mais desenvolvidas, com utilizações de tecnologia de ponta, visando à manutenção da laranja brasileira no topo da preferência mundial. 

CINTURÃO CITRÍCOLA
O cinturão citrícola paulista, maior pólo produtor de citros do mundo, conta com área total de 12,5 milhões de hectares, sendo 700 mil a área efetivamente coberta por pés de laranja. Esta área está distribuída entre mais de 10 mil produtores.
O Brasil ocupa a primeira posição na produção mundial de laranjas, seguido pelos EUA (Flórida). No Estado de São Paulo e na Flórida a maior parte da produção de laranjas é absorvida pela indústria. As duas regiões em conjunto produzem mais de 80% do suco consumido no mundo.

Principais Variedades Cultivadas


Westin e Rubi - precoce: os frutos são bastante esféricos, casca pouco espessa, cor laranja intensa e suco saboroso. São consumidas in natura e no preparo de sucos. Período de colheita:

  
Laranja Hamlin - precoce à meia estação: fruto pequeno, com casca fina e cor amarelada, possui baixo teor de suco, poucos açúcares e ligeira acidez. Suas árvores são bastante produtivas. Período de colheita:



Laranja pêra-rio – meia estação: menor que as demais variedades, possui formato mais alongado, casca fina e lisa, cor amarelo-avermelhada e polpa suculenta. É muito consumida in natura e devido ao seu sabor adocicado é também utilizada no preparo de sucos e geléias. Período de colheita:


Laranjas Valência, Natal e Folha Murcha - tardias: apresentam frutos ovalados, casca ligeiramente grossa, com suco de coloração amarelo forte e adocicado. São consumidas in natura e no preparo de sucos. Período de colheita:




Dependendo da característica e das condições de solo e clima, as variedades cítricas apresentam ciclo de desenvolvimento variando de seis a dezesseis meses entre o florescimento (normalmente na primavera) e a maturação dos frutos. As variedades podem ser agrupadas como precoces, meia-estação e tardias, conforme período de maturação. As frutas colhidas durante o período de maturação tendem a ser mais doces e menos ácidas.
Em condições climáticas ideais, a árvore começa a produzir no terceiro ano de vida tendendo ao aumento até o 10º ano, quando é considerada adulta. E produz frutos até os seus 20 anos de idade, com safra anual de duração entre dois e quatro meses, de acordo com a variedade.

Rico Alimento

O valor nutricional da laranja, uma fruta conhecida e cultivada mundialmente, sempre foi objeto de estudos e análises.
Rica fonte de vitamina C, além de diversos componentes importantes como potássio, fibras, dentre outros, a laranja é hoje associada a uma eficaz arma que auxilia o organismo no combate às infecções, boa formação dos ossos e dentes, cicatrização de feridas e queimaduras, além de, como mostram recentes pesquisas, ser uma excelente fruta que auxilia na proteção contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, certos tipos de câncer e até mesmo alzheimer. (Fontes: Laranja Brasil, Toda Fruta, Vitaminas e Cia.)
Disponível no Brasil o ano todo, a laranja pode ser consumida in natura, em sucos e bebidas em geral, pratos doces e salgados e, embora existam diversas variedades desta fruta, de maneira geral, todas elas contêm semelhantes riquezas nutricionais.
Na laranja encontra-se também a pectina, uma fibra gelatinosa, presente na parte branca da fruta (albedo), que, segundo numerosos estudos, atua na redução do colesterol do tipo LDL, reconhecidamente nocivo, sem alterar o nível do HDL, o bom colesterol. Sem contar com a ação benéfica para diabéticos, pois é responsável pela formação de uma barreira nas paredes do intestino, impedindo a passagem do excesso de glicose, auxiliando a eliminação de resíduos de substâncias altamente tóxicas e também se constituindo em uma proteção eficaz contra os efeitos tóxicos de certos produtos dietéticos. (Fonte: Laranja Brasil)  
Além de todos estes benefícios da fruta in natura, da laranja é possível a extração de: 
Óleos e essências, utilizados como aromatizante natural em bebidas, alimentos, além da aplicação em indústrias farmacêutica, de cosméticos/perfumes, em produtos de limpeza em geral, em solventes, fabricação de adesivos, etc.  
Farelo de Polpa Cítrica, utilizado principalmente como complemento para a ração animal.  
Sucos natural e concentrado, tão ricos quanto à fruta in natura, com seus inúmeros benefícios - ação antioxidante, aumento da imunidade e da energia celular, prevenção ao câncer (presença dos limonóides, que atuam na destruição de determinadas células cancerosas), dente outros, aqui citados.

  Cada laranja contém, aproximadamente: 

Calorias: 62 kcal 
 
Carboidratos (15,4g): são substâncias orgânicas com funções anticoagulantes, lubrificantes (evita o ressecamento dos olhos, por exemplo), cicatrizantes e antigênicas (ativa o sistema imunológico ).  

Proteínas (1,2g): são compostos orgânicos que atuam na consistência e elasticidade dos tecidos (colágeno, queratina e outras), na defesa do organismo contra substâncias estranhas (anticorpos), na obtenção de energia e em outras funções hormonais, enzimáticas e condutoras.  
 
Fibras (3,1g): são componentes dos alimentos que não são digeridos pelo organismo, mas que são imprescindíveis à dieta. Como não são digeridas, as fibras vão para o intestino, onde atuam como "vassouras", que carregam os resíduos alimentares e a gordura excedente na alimentação pelo intestino, baixando o nível de colesterol absorvido. Com isso, ajudam a prevenir doenças cardíacas e câncer no intestino. Também proporcionam sensação de saciedade, ajudando na perda de peso, além de garantir uma pele bonita e saudável. (Fonte: Site de pesquisa UNESP) 

Potássio (237 mg): é um elemento químico essencial ao homem. Estudos epidemiológicos e clínicos indicam que a maior ingestão de potássio diminui a pressão arterial tanto de pessoas normotensas quanto hipertensas. Altas ingestões de potássio reduzem o risco de acidente vascular cerebral, arritmias cardíacas em pessoas com doença isquêmica do coração, insuficiência cardíaca congestiva e hipertrofia do ventrículo esquerdo. Além disso, a maior ingestão de potássio tem ação profilática contra dano renal, em especial a lesão tubular. Ingestões de potássio reduzem a excreção de cálcio, a qual reduz o risco de cálculo renal e ajuda a impedir a desmineralização óssea.   

Vitamina C (69,7 mg): é uma molécula cujas principais ações são fornecer resistência aos ossos, dentes, tendões e paredes dos vasos sanguíneos. Além disso, auxilia no combate às doenças, previne gripes, fraqueza muscular e infecções, atuando positivamente no sistema imunológico e na respiração celular. Também estimula as glândulas supra-renais e protege os vasos sanguíneos.   

E a fruta pode ser assim aproveitada: 

Sucos: 44,81%
Células Congeladas: 2,67%
Óleos Essenciais: 1,79%
D´Limonene: 0,92%
Líquidos Aromáticos: 0,57%
Farelo de Polpa Cítrica: 49,24%

(Fonte: Laranja Brasil, dados numéricos)